Às vésperas de completar seis anos de sua inauguração, o protótipo MagLev-Cobra será desativado, após ter transportado mais de 20 mil passageiros ao longo da linha experimental que liga o Centro de Tecnologia 1 ao Centro de Tecnologia 2, na Cidade Universitária. A falta de recursos, agravada pela pandemia, levou a essa decisão. No entanto, o projeto de trem de levitação magnética desenvolvido na Coppe/UFRJ segue em busca de investimentos para galgar novas etapas em seu amadurecimento tecnológico.

Na avaliação do professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, Richard Stephan, coordenador do projeto, a instituição cumpriu o seu papel e foi além. Ele explica que o protótipo chegou ao TRL 7, que é uma escala de maturidade tecnológica, criada pela NASA. A escala varia de 1 a 9, e termina quando o produto está pronto para o mercado. De acordo com o professor, para subir os dois degraus finais é necessária a participação da indústria.

“O projeto não morreu, mas este protótipo experimental deu tudo o que podia dar. Ele foi construído de forma artesanal, compatível com a necessidade nessa primeira fase de teste em ambiente externo. Agora, precisamos de um protótipo industrial para avançarmos no amadurecimento da tecnologia. Então, desativá-lo na atual conjuntura apresenta-se como a decisão natural e correta. A propriedade intelectual está garantida por duas patentes já aprovadas, uma terceira na fase final de avaliação, e outras quatro submetidas mais recentemente ao INPI. A grande dor está justamente na dispersão da equipe e na perda dos três funcionários contratados (um engenheiro, um técnico e uma secretária)”, lamenta Richard Stephan.

Segundo o professor, há algumas possibilidades de investimentos pela frente e iniciativas estão sendo tomadas com o apoio da diretoria da Coppe. “Mas, infelizmente nada de concreto ainda”, diz. No ano passado, uma proposta de R$ 10 milhões foi submetida à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atendendo ao edital de veículos elétricos, com base na cláusula de P&D (pesquisa e desenvolvimento). Nela estava previsto um novo veículo, que seria produzido pela empresa Aeromóvel, e um novo motor linear, que seria fabricado pela Equacional, seguindo as especificações da tese de doutorado de Roberto André Henrique de Oliveira, defendida no Programa de Engenharia Elétrica em 2018, sob orientação do professor Antônio Carlos Ferreira e de Stephan..

“O novo projeto tornaria o MagLev-Cobra, em 24 meses, um Automated People Mover (APM), um veículo autônomo capaz de trafegar na nossa linha de 200 metros sem precisar de piloto. O projeto foi aprovado pela Aneel em setembro de 2019, mas a concessionária de energia EDF, parceira na proposta, recebeu orientação diretamente da matriz francesa para não assiná-lo, exatamente no período de oficialização do contrato. Foi como uma noiva que diz não no altar, sem se explicar direito”, relata Stephan.

Primeiro veículo no mundo a transportar passageiros utilizando a tecnologia de levitação magnética por supercondutividade, o MagLev-Cobra, desenvolvido na Coppe, é uma alternativa de transporte para centros urbanos e apresenta uma série de vantagens se comparado a outros modais, como o VLT, em operação no Rio de Janeiro, ou o mono-rail, em São Paulo.  

A história do projeto e as vantagens do veículo estão disponíveis em uma publicação de autoria do próprio professor Richard Stephan, que pode ser obtida na internet pelo endereço abaixo.

https://drive.google.com/file/d/1g9VhZImzVwSDjcgApt2E6o0EhyHSHWna/view?usp=sharing

 

https://coppe.ufrj.br/pt-br/planeta-coppe-noticias/noticias/avanco-do-maglev-cobra-depende-de-financiamento-para-prototipo

 

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