Informe Acadêmico

O diretor da Coppe /UFRJ, professor Edson Watanabe ressaltou em palestra para alunos de mestrado e doutorado a importância de seguir com rigor as diretrizes de publicação, preservando os direitos autorais de terceiros. Durante o evento realizado no dia 8 de abril, no auditório da Coppe, Watanabe alertou que alunos e mesmo professores muitas vezes se confundem em relação aos direitos autorais de terceiros e podem ter sérios problemas.

Segundo Watanabe, desde que assumiu a diretoria de Assuntos Acadêmicos da Coppe em 2007, ainda na gestão do professor Luiz Pinguelli Rosa como diretor,  se depara com casos de plágios nos quais, em sua maioria, os “plagiadores não têm consciência da ilegalidade e imoralidade que cometem. Há a percepção equivocada de que o que está na internet, o estudante pode copiar e colar".

O palestrante alertou que embora o uso de material sem a devida referência seja percebido por muitos autores como um problema menor, a negligência pode acarretar graves consequências, especialmente causados pelos que não foram referenciados. "Em 2010, descobriram um plágio feito pelo ministro da Defesa alemão Karl-Theodor zu Guttenberg em sua tese de doutorado. Ele era cotado para ser o sucessor da chanceler Angela Merkel, mas após o episódio foi para o ostracismo", relembra. No caso em questão, o ministro pediu demissão, após a Universidade de Bayreuth retirar-lhe o grau de doutor em Direito. Guttenberg não copiou literalmente textos alheios, mas os reformulou, trocando palavras por sinônimos ou usando construções gramaticais alternativas. "E esse é um tipo de plágio de muita má fé, pois houve a tentativa de enganar a todos", enfatiza Watanabe.


“Despublicar um artigo, após constatar uso indevido de material alheio ou mesmo dados incorretos, não protege totalmente o acadêmico das consequências do plágio ou falta de integridade. Caso você publique 100 artigos e tenha um artigo despublicado, será lembrado por este", assegurou o professor, recomendando aos presentes o site Retraction Watch, no qual poderão ter mais informações sobre tema.


No Brasil, o direito autoral é regulado pela lei 9610/1998, em cujo artigo 41, estabelece o prazo de 70 anos de vigência dos direitos autorais contados a partir de 1º de janeiro, subsequente ao registro da obra.  A violação desses direitos pode levar o infrator à pena de multa e mesmo à prisão, de acordo com os artigos 297 a 299, do Código Penal, no capítulo que versa sobre falsidade documental.


A gentileza de respeitar os direitos autorais

De modo a conscientizar a respeito da importância da ética e da integridade em pesquisa, professor Watanabe lembrou também um escândalo ocorrido na imprensa especializada brasileira e revelado pela revista inglesa Nature, na reportagem Brazilian Citatation Scheme outed. "Três  revistas fize

ram um acordo de citações cruzadas para aumentar o fator de impacto (FI) de suas publicações", relata o diretor. O esquema foi descoberto pela empresa Thomson Reuters, que calcula e divulga o fator de impactos das revistas indexadas e as revistas foram suspensas por um ano .

O professor até citou algumas frases do profeta Gentileza (José Datrino), personagem conhecido dos cidadãos cariocas, por ter seus versos desenhados em 56 pilastras de um viaduto perto da área portuária. A célebre frase "Gentileza gera Gentileza" tem sido reproduzida em dezenas de produtos, sem qualquer compensação à família do autor, conforme publicou o jornal O Globo.


Para evitar que seus alunos passem por problemas dessa natureza, a Coppe criou a Declaração de Não Violação de Direitos Autorais de Terceiros, que deve ser assinada por todos os mestres e doutores formados pela instituição. Professor Watanabe  recomendou aos alunos que leiam as Diretrizes de integridade científica e responsabilidade éticas da Coppe/UFRJ, presentes na página de Normas, resoluções e regulamentos no site da Coppe.


O diretor da Coppe frisou  ainda que a confiança tem correlação com o desenvolvimento do país, de acordo com a conclusão no artigo Neurobiology of Trust , publicado pelo economista americano Paul Zak, professor da Claremont Graduate University e diretor do Centro de Estudos Neuroeconômicos.

"Se há algo que eu gostaria de lembrar é que a ética pode garantir a excelência. Além disso, para melhorar também a confiança entre as pessoas, quero pedir duas coisas a cada aluno: seja eticamente o mais correto possível e seja tecnicamente o mais correto possível", exortou o professor Watanabe, que é membro da Câmara Técnica de Ética em Pesquisa (CTEP) da UFRJ, fazendo parte da subcâmara de Integridade em Pesquisa.

Grande parte do que foi apresentado pelo professor Watanabe, durante a palestra, pode ser encontrado no artigo: “A não linearidade entre a reação de quem copia e de quem é copiado”, que pode ser encontrado na biblioteca virtual Scielo.

 

Material sobre Plágio Downloads icon 

A Cidade Universitária da UFRJ recebeu nesta terça-feira, 17 de novembro, o príncipe herdeiro da Noruega, Haakon Magnus. O príncipe assistiu a uma demonstração do robô Doris, desenvolvido por pesquisadores da Coppe/UFRJ, com financiamento da empresa norueguesa Statoil e da Petrobras. A apresentação foi feita no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).
O robô - desenvolvido sob a coordenação do professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, Ramon Costa, e do professor Pål Johan From, da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida (NMBU) - é capaz de captar e analisar audio, video e imagens térmicas, com processamento inteligente para diagnósticos e alarmes. Doris é um robô teleoperado, que se movimenta por trilhos, capaz de inspecionar áreas de estrutura complexa e pouco acessíveis em instalações offshore. Doris foi desenvolvido de modo a poder ser instalado em plataformas que já se encontram em operação, sem necessidade de reprojetar as instalações existentes.
Watanabe e ministro no Maglev
O príncipe foi acompanhado pelo vice-ministro de Petróleo e Energia, Kjell-Børge Freiberg e pelo vice-ministro de Educação e Pesquisa, Bjørn Haugstad, que seguiu para a Coppe, onde foi apresentado a algumas das tecnologias mais inovadoras da instituição, como o trem de levitação magnética, Maglev-Cobra e o ônibus a hidrogênio (H2+2), a bordo do qual foi conduzido ao Parque Tecnológico da UFRJ e visitou o LabOceano.
Haugstad destacou que parcerias de longo prazo são fundamentais para a geração de inovação tecnológica e que o objetivo da cooperação entre instituições norueguesas e brasileiras é gerar uma relação duradoura. "Estamos ansiosos para vermos novas parcerias serem estabelecidas entre nós", enfatizou o vice-ministro, antes da apresentação do robô Doris, feita pelos professores Ramon Costa e Pål Johan From.
Doris faz parte de uma geração de robôs autônomos desenvolvidos em dois laboratórios da Coppe: o Laboratório de Controle e Automação (LCA) e o Laboratório de Controle e Automação, Engenharia de Aplicação e Desenvolvimento (LEAD). O robô será instalado em plataformas de petróleo e ambientes complexos, que exigem monitoramento e inspeções frequentes para evitar acidentes e perdas de produção. Sua câmera de vídeo e sensores de temperatura e de som são conectados ao centro de comando da plataforma. Dessa forma, qualquer anormalidade - como vazamento de gás, fogo, equipamentos quebrados - é imediatamente detectada pelos operadores.
Parceria de longo prazo

Em seguida, Haugstad e parte da comitiva norueguesa seguiram ao auditório da Coppe, onde foram recepcionados pelo diretor, professor Edson Watanabe, conheceram o Maglev-Cobra, trem de levitação magnética desenvolvido pela Coppe, e participaram de um mini-seminário sobre a cooperação brasileiro-norueguesa em Educação superior e pesquisa.
O vice-ministro avaliou que o cenário internacional está cada vez mais competitivo, e isso reforça a necessidade de maiores investimentos em pesquisa e inovação. "Muitas descobertas interessantes têm sido feitas fora da Europa e Estados Unidos. Sobretudo, no Brasil", reconheceu.
Vice-ministro Haugstad
Haugstad afirmou que gostaria de ver mais alunos brasileiros na Noruega, bem como estudantes noruegueses nas universidades brasileiras, e informou que o Conselho de Pesquisa da Noruega financia parcerias internacionais, baseadas em ensino superior e inovação. "Haverá verba para novas parcerias em 2016, então estejam preparados", exortou.
"Parcerias de longo prazo são fundamentais para o processo de inovação. Todas as instituições de pesquisa norueguesas estão interessadas em manter ou ampliar sua colaboração com o Brasil, e pelo que vimos vocês estão fazendo um ótimo trabalho", afirmou o vice-ministro.
Desafios globais, como a segurança alimentar e as mudanças climáticas, preocupam o governo norueguês, segundo o diretor executivo da Divisão de Energia, Recursos e Meio-Ambiente do Conselho de Pesquisa da Noruega, Fridtjof Fossum Unander.
Unander explicou as atribuições do Conselho: financiamento; implementação de prioridades na pesquisa; internacionalização; ampliar acesso ao conhecimento internacional; estimular a competitividade comercial e industrial e promover o país como nação líder em inovação tecnológica.
O diretor informou que nos últimos dez anos, a Noruega financiou 60 projetos com universidades brasileiras, sendo 53% dos recursos destinados a pesquisas voltadas ao setor de petróleo. Além deste segmento de pesquisa, Unander destacou que há outras áreas com potencial para cooperação com o Brasil, como energias renováveis; pesquisa marinha; biocombustíveis e produção de alimentos.
Ministro no H2+2
O professor Segen Estefen, coordenador do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe, lembrou que Brasil e Noruega já possuem ligações fortes na pesquisa em engenharia submarina e que a cooperação internacional pode prover soluções para a indústria offshore.
"Considerando a cotação do barril (de petróleo) abaixo dos 50 dólares, é preciso reduzir drasticamente os custos de exploração e produção offshore", explicou o professor, que acrescentou que a Coppe tem trabalhado em inovações, como a otimização de arranjos submarinos e a redução do número de estruturas flutuantes, para que a exploração em grandes profundidades tenha custos mais competitivos.
Ao final, Haugstad e a comitiva norueguesa foram ciceroneados pelo professor da Coppe e ex-reitor da UFRJ, Carlos Levi, em visita ao LabOceano, laboratório da Coppe que possui o mais profundo tanque de ensaios do mundo. O trajeto ao Parque Tecnológico da UFRJ, onde está localizado o laboratório, foi feito a bordo do H2 + 2, o ônibus híbrido (a hidrogênio e eletricidade) desenvolvido pela Coppe.

Fonte: Planeta COPPE

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